Inovação Disruptiva é a única maneira de inovar e crescer?

Embora Inovação Disruptiva seja sinônimo de Inovação, ela não é a única maneira de inovar e crescer. Muito menos é a forma mais inteligente.

Na comparação das empresa na lista da Fortune 500 de 1955 e 2021 existe um grupo de empresas que estão agora na lista, mas que não estavam em 1955. Nelas existem diversos exemplos de *Inovação Não-disruptiva*. A própria Amazon, que é a 2a na lista atual da Fortune 500, é um exemplo notório de uma empresa que criou um novo mercado não existente anteriormente e, assim, teve todo um oceano azul para crescer e se desenvolver.

Enquanto várias empresas e líderes ficam presos no mindset de inovação disruptiva – encontrar uma solução revolucionária para um problema existente e assim destruir o status quo, que tal você pensar diferente, em identificar e solucionar um problema totalmente novo ou aproveitar uma oportunidade inédita?

Há poucos dias um amigo me enviou um artigo de um americano dizendo que somente 52 empresas americanas que estavam na lista da Fortune 500 em 1955 estão na lista em 2021 e que a razão disso era a falta de inovação disruptiva das empresas.

Ele analisa que são 3 grupos de empresas:

  • Grupo A – empresas que estavam na Fortune 500 em 1955, mas não em 2021: American Motors, Brown Shoe, Studebaker, Collins Radio, Detroit Steel, Zenith Electronics, Fuller Brush, Otis Elevator e National Sugar Refining.

  • Grupo B – empresas que estão na Fortune 500 desde 1955: Boeing, Campbell Soup Company, Colgate-Palmolive, Deere, General Motors, IBM, Kellogg, Procter & Gamble Company e Whirlpool.

  • Grupo C – empresas novas, que estão na Fortune 500 em 2021, mas não estavam em 1955: Amazon, Facebook, eBay, Home Depot, Microsoft, Google, Netflix, Office Depot, Walmart, CVS Health e Target.

O artigo traz uma afirmação interessante, baseado em um senso comum, mas totalmente falaciosa. Empresas quebraram por diversos motivos, como má gestão, não melhoria contínua e, também, o aparecimento de outra solução melhor ou mais barata (inovação disruptiva).

É impressionante a “tara” do mercado pela inovação disruptiva. Virou um mantra, como se a inovação disruptiva fosse condição para sobreviver, crescer e ter sucesso. São diversos congressos, artigos, posts, declarações, cursos e lives que reforçam “como ter sucesso e fazer uma inovação disruptiva”, “como se defender de inovações disruptivas”. Acabou que Inovação disruptiva virou sinônimo de inovação.

Só que não!

Inovação Disruptiva não é a única maneira de inovar e crescer.
Muito menos é a forma mais inteligente.

A Inovação Disruptiva preconiza a destruição criativa. Ou seja, ela diz que o novo produto/serviço ou modelo de negócio chega no mercado interrompendo o curso normal das coisas, isto é, destruindo os competidores existente no mercado.

Outra forma de pensar e fazer inovação é a Inovação Não-disruptiva, que é baseada na criação não-disruptiva (nondistuptive innovation e nondisruptive creation).

Ela preconiza a criação de novos mercados sem a disrupção ou destruição de mercados ou negócios existentes. São inúmeros os exemplos notórios.

Para citar alguns clássicos: microcrédito, viagra, life coaching, post-it (isso mesmo! o famoso post it) e consultorias ambientais; e

Alguns exemplos mais atuais: sites de namoro online, crowdfunding e acessórios de smartphone.

TODOS esses negócios, sem exceção, foram criados e se expandiram sem destruir negócios ou mercados existentes.

Nas empresas do Grupo C – estão na Fortune 500 agora e não estavam em 1955, existem diversos exemplos de Inovação Não-disruptiva. A própria Amazon, que é a 2a na lista atual da Fortune 500, é um exemplo notório de uma empresa que criou um novo mercado não existente anteriormente e, assim, teve todo um oceano azul para crescer e se desenvolver.

Inclusive, cabe registrar que crescer nesses novos mercados recém criados é muuuuuito mais fácil do que crescer em mercado existentes. Aliás, como alguns já devem ter percebido, a inovação não-disruptiva é o conceito por detrás da Estratégia do Oceano Azul – se você ainda não leu esse livro: leia!

Enquanto várias empresas e líderes ficam presos no mindset de inovação disruptiva – encontrar uma solução revolucionária para um problema existente e assim destruir o status quo,

que tal você pensar diferente, em identificar e solucionar um problema totalmente novo ou aproveitar uma oportunidade inédita?

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