A pandemia e o autocuidado: quais são os desafios?
O primeiro caso de COVID-19 surgiu, na China, no dia 1º de dezembro de 2019. Portanto, há mais de um ano, a pandemia provocada pelo novo coronavírus vem matando milhares de pessoas ao redor de todo o mundo No Brasil, foram adotadas várias medidas restritivas destinadas a controlar a expansão da doença.
Dentre elas, o denominado isolamento social, estratégia que busca restringir a circulação de pessoas nos espaços públicos, bem como a obrigatoriedade do uso de máscaras nesses mesmos lugares. Além disso, foram realizadas numerosas campanhas recomendando a permanência das pessoas em suas residências. Empresas e escolas suspenderam suas atividades presenciais e foi dado início ao trabalho em home office e o ensino em homeschooling.
Todos nós possuímos necessidades comuns, de acordo com Rosenberg, e a nossa satisfação deriva do atendimento à essas necessidades. Por essa razão, todos os nossos comportamentos são ditados pela motivação em satisfazer nossas necessidades. Exemplificando, nosso bem-estar físico depende da satisfação da necessidade de ar, água, descanso e alimento. Nosso bem-estar emocional depende do atendimento das nossas necessidades de pertencimento, reconhecimento, respeito etc.
Em várias oportunidades nos sentimos insatisfeitos e não conseguimos identificar o que está faltando. Sentimo-nos desconfortáveis e agimos de forma não adequada, agredindo outras pessoas e, às vezes, a nós mesmos. E o grande desafio reside no fato de que desde o início da pandemia, algumas das nossas necessidades deixaram de ser, total ou parcialmente, atendidas, fazendo com que sensações desagradáveis sejam nossas fiéis companheiras.
Uma das necessidades mais sentidas pelas crianças está relacionada com déficits de socialização. A arte de um relacionamento saudável é um dos mais valiosos aprendizados na infância. Infelizmente, o homeschooling, ao abolir o ensino presencial, vem impactando negativamente esse aprendizado. Resultados: crianças tristes, mal-humoradas, agressivas …Elas estão nos dizendo: “quero brincar, necessito conviver com outras crianças”.
E os adultos? A maior parte de nossos contatos estão sendo feitos de forma remota, com isso também sofremos com o distanciamento social; Resultados: pessoas estressadas, ansiosas, depressivas… O que elas estão nos dizendo: “Preciso sair, me sentir livre, abraçar familiares e amigos”.
E os idosos? Provavelmente, o grupo mais atingido. Além de serem os mais vulneráveis ao vírus, não estão podendo atender uma de suas maiores necessidades: a autonomia. Se sentem dependentes, sem liberdade. Resultados: pessoas inseguras, medrosas, depressivas, amargas… O que elas estão nos dizendo: “Preciso resgatar a minha relativa independência, quero de volta minha autonomia, ainda não morri e, por isso, necessito viver”.
Segundo as recomendações de especialistas no assunto, para passar por uma crise como a que estamos vivendo e dela sair emocionalmente bem, temos que persistir na auto-observação atenta, buscando identificar o que está acontecendo conosco, como estamos reagindo e o que devemos e podemos modificar. Afinal, só você sabe o que acontece como você, o que precisa ser mudado e como mudar. Feito isso, é hora de experimentar novos comportamentos e descobrir atividades que possam proporcionar senso de realização. Identificar o que pode ser feito agora, apesar do cenário restritivo, que possa lhe apoiar no atendimento, mesmo que parcialmente, de suas necessidades.
Mas, tudo isso, com leveza e sem autocobrança excessiva.
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