ESG favorecendo a construção de um mundo melhor

Por que investir em ESG?

A popularidade das empresas que operam segundo os critérios ESG só vem aumentando de forma surpreendentemente acelerada nos últimos anos. Mas, por quê? A que se deve tamanha aceitação e repercussão desse novo conceito?

Certamente, não se pode duvidar que zelar pelo meio ambiente, ser socialmente responsável e operar segundo as melhores práticas de governança constituem três fatores responsáveis pela melhoria considerável do balanço das empresas e, consequentemente, pela propagação e valorização do conceito.   

Para reforçar este argumento, citamos um estudo realizado pela consultoria BCG, no qual fica demonstrado que empresas que adotam melhores práticas ambientais, sociais e de governança vêm obtendo impactos positivos na forma de uma maior lucratividade e aumento de seu valor de mercado.

Já há algum tempo, nossa sociedade vem reconhecendo o valor de empresas que se mostram preocupadas com o meio ambiente, com as pessoas por elas atendidas e com a qualidade de sua própria gestão. Por exemplo, o comportamento das novas gerações que escolhem marcas reconhecidamente transparentes e responsáveis ao efetuar suas compras, só confirma essa realidade.

Infelizmente, muitos empresários ainda pensam que é preciso escolher entre conseguir bons resultados financeiros ou cooperar para a construção de um mundo mais sustentável. Mas, o que acontece é justamente o contrário. Ou seja, cuidar do meio ambiente, ser socialmente responsável e adotar melhores práticas de governança são práticas que impactam positivamente o desenvolvimento empresarial, inclusive no aspecto financeiro.

É urgente que o mundo empresarial entenda que empresas que fazem uso das melhores práticas de gestão, de forma mais sustentável, inclusive nas questões relacionadas à gestão financeira e de gestão de risco, conseguem obter melhores resultados ao longo do tempo.

Outra razão que também explica a crescente valorização das práticas ESG está relacionada às nossa práticas e hábitos. Por exemplo, sabemos que agir de forma mais consciente e empática nos ajuda a viver e conviver em mais harmonia com outros seres humanos e o meio ambiente. E, ainda, que a adoção de comportamentos direcionados por princípios e valores éticos acalma a nossa consciência e aumenta nosso bem-estar emocional, e até mesmo físico.

Diante de uma crise que impacta negativamente o mundo inteiro, as pessoas se tornam mais empáticas com outros seres humanos e com a própria natureza. Trata-se de uma decorrência natural e esperada, que pode ser exemplificada pelos resultados de pesquisas realizadas com investidores institucionais, pela empresa americana MSCI, que demonstram que, após a ocorrência da pandemia da COVID-19, os investimentos em empresas que operam segundo as práticas ESG aumentaram consideravelmente

Como investir em ESG?

Os investimentos em ESG podem se dar de duas formas diferentes: por meio de Fundos de Fundos (FoF) ou por meio de investimentos em renda fixa. Além disso, no mundo ESG também é possível emitir títulos de dívida, os denominados Títulos Temáticos ESG, que têm o objetivo de atrair capital que viabilizem impacto socioambiental positivo. Estes títulos são divididos de acordo com seus propósitos, da seguinte forma:

· Títulos Verdes: (Green Bonds) que são os investimentos direcionados para energia renovável, prevenção e controle da poluição, conservação da biodiversidade etc.

· Títulos Sociais: (Social Bonds) que são os investimentos direcionados para projetos de geração de empregos, segurança alimentar, infraestrutura básica etc.

· Títulos de Sustentabilidade: (Sustainability Bonds) que são os investimentos que combinam ações “green” e “social” (socioambiental).

Empresas que pretendem alcançar metas ESG e que possuam as métricas de sucesso (KPIs) bem definidas podem, ainda, emitir Títulos Vinculados à Sustentabilidade (Sustainability-Liked-Bonds).

Fundos ESG e a Gestão de Riscos

Confiança e capital: estes são os dois fatores que viabilizam o ato de investir. Capital porque o investimento só se concretiza por meio da alocação do dinheiro na transação.  E confiança porque investidores só colocam o seu dinheiro quando se sentem confiantes no sucesso da transação. Quando julgam que o risco é o menor possível.

Portanto, empresas precisam, antes de mais nada, conquistar a confiança dos seus potenciais investidores. E, para tanto, devem ser particularmente cautelosas no que diz respeito às suas práticas ambientais, sociais e de governança.

Apesar de toda a sociedade ter se tornado mais sensível às demandas sociais e ambientais e também mais consciente da importância dos comportamentos individuais quando o propósito é a construção de um mundo melhor, também vem aumentando consideravelmente a chamada gestão de riscos. Ou seja, todos estão mobilizados para agir, mas também sabem que é preciso ter cautela. E este cenário vem fazendo com que fundos de investimento e os próprios investidores sejam mais cautelosos na hora de colocar seu dinheiro em um negócio.

E, falando em gestão de riscos, com o denominado “greenwashing” todo cuidado é pouco. Mas, o que é greenwashing? Trata-se de uma expressão que em tradução livre quer dizer “lavando verde” e que tem sido utilizada para se referir às empresas que exageram quando estão divulgando os resultados e as práticas vinculadas a ESG. Frases, tais como “a empresa que menos polui em seu setor …” ou “a empresa que emite menos carbono no mundo” merecem ser analisadas com muito cuidado porque podem não ser verdadeiras e estarem cometendo exageros a fim de atrair investidores.

Para evitar esse tipo de estratégia desonesta e outras similares, foi criado em maio deste ano (2021), na Europa, o SFDR (Sustainable Finance Disclosure Regulation) – Regulamento de Divulgação de Finanças Sustentáveis, em tradução livre. Este regulamento tem com propósito regulamentar a transparência na divulgação de informações relacionadas às práticas de ESG nas empresas. Dessa forma, busca impedir que notícias falsas ou exageradas, sejam divulgadas e, além disso, obriga os gestores das empresas a detalhar as métricas utilizadas para mensurar a sustentabilidade de suas práticas.

Aproveite para conferir nosso vídeo com Leisa de Souza, Head Latam na Climate Bonds Initiative (CBI) que explica mais sobre o Mercado Verde.

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