Pós-pandemia: o mundo corporativo está demandando um novo perfil de liderança

Quando os seres humanos começaram a viver coletivamente e trabalhar em conjunto, surgiu a necessidade de pessoas capazes de orientar e conduzir o processo produtivo.
 
A história nos conta que isso aconteceu na Mesopotâmia. Assim se começou a, gradualmente, construir o conceito de liderança e a ideia de que o líder é aquele que detém o papel de orientar seus liderados a trabalharem em prol do alcance de um objetivo comum. No entanto, o conceito formal só surgiu em 1911, quando Frederick Taylor, o denominado pai da administração científica, defendeu a necessidade do desempenho de um líder para que o processo produtivo fosse realizado a contento.
 
Atualmente, existem múltiplos e diversificados conceitos para explicar a liderança. As denominadas teorias de liderança procuram explicar por que e como certas pessoas se convertem em líderes. Os primeiros estudos sobre este tema defendiam que as pessoas se tornam líderes em função de habilidades natas, “como se líderes já nascessem líderes”. Isto mudou, teorias recentes de liderança defendem que possuir certos traços pode ajudar as pessoas a se tornarem líderes, mas que um papel importante no processo é desempenhado pela experiência do profissional e pelas variáveis situacionais.
 
A pandemia provocada pelo novo coronavírus impactou fortemente o funcionamento da maioria das empresas. Trabalho home office, mudanças nas atividades desenvolvidas ou até mesmo no modelo de negócio, resultaram em transformações na forma de tomar decisões e gerenciar equipes. Segundo previsões feitas em um estudo elaborado por pesquisadores de Harvard e publicado pela revista Science, é possível que o isolamento social tenha que ser alternado de maneira intermitente até 2022, caso a vacinação não produza os resultados esperados.
 
Além dessa perspectiva, a passagem do trabalho presencial para o remoto, provavelmente a mais radical de todas as mudanças provocadas pela pandemia, nos mostrou considerável atraso da transformação digital nas empresas e deficiências em seus processos de comunicação. Segundo pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria/CNI, 90% das empresas consultadas efetuaram mudanças relacionadas ao seu corpo funcional e 75% delas implementaram medidas destinadas à melhoria de seu modelo de gestão. Como consequência, muitas das alterações feitas pelas empresas estão demandando mudanças comportamentais de seus colaboradores, uma vez que estes estão precisando se adaptar a um novo cenário organizacional.
 
Neste novo mundo corporativo, seus líderes estão buscando se adaptar às novas demandas, ao se verem às voltas com inesperadas mudanças. Apesar de não acreditar em milagrosas receitas e sim na experiência de líderes capazes de interpretar cada desafio e, em seguida, decidir e agir para o enfrentamento de cada um deles, vamos conhecer algumas dicas. Segundo elas, o líder deve:
 
1) Investir na manutenção e fortalecimento da cultura organizacional. Uma cultura sólida é capaz de passar pelos atuais momentos da melhor forma possível.
 
2) Estar sempre atento ao planejamento e estratégia da empresa, e sempre que houver mudanças de cenário, revê-los cuidadosamente, ajustando prioridades e metas, se necessário.
 
3) Manter a gestão transparente. Acompanhar o clima organizacional, como forma de garantir o bem-estar de todos.
 
4) Acelerar os processos de inovação tecnológica. Resolver os problemas com agilidade e sem medo de errar.
 
5) Lembrar a todos de sua equipe que o propósito é aumentar a produtividade, diminuir o tempo, reduzir o custo e melhorar a experiência do cliente.
 
6) Procurar manter a conexão e a proximidade entre os colaboradores, mesmo com estes distanciados fisicamente. Lembrar que as pessoas não gostam de se sentir sozinhas e que elas já estão passando pelo isolamento social.
 
7) Tornar o mais transparente possível a preocupação da empresa com o bem-estar dos colaboradores.
 
8) Buscar se manter sempre disponível para sua equipe. Preservar a transparência em todo e qualquer processo de comunicação. Sempre que possível, ouvir a equipe, principalmente, nos processos decisórios.
 
9) Compartilhar desafios e estratégias de ação. Se preciso, por meio da realização de pesquisas internas.
 
Além das estratégias e ações acima citadas, lembrar que a empatia, resiliência, agilidade, proatividade, criatividade, comunicação e controle são consideradas as competências mais relevantes do perfil de liderança forjado pela crise provocada pela pandemia da COVI-19.
 
Referência: https://inforchannel.com.br/2020/09/15/desafio-o-papel-do-lider-no-pos-pandemia/

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